Friday, December 22, 2006

Ganesh for good vibrations in ´07

Thursday, December 21, 2006

para pensar

Tomara

Tomara que, nesse ano que está chegando, fiquemos tão tristes com a pobreza e corrupção, quanto com a derrota da milionária seleção.
Tomara que, nesse ano que está chegando, tenhamos tanto orgulho dos comandantes tupiniquins como nos orgulhamos da turma do Bernardinho.
Tomara que, nesse ano que está chegando, ladrões vestidos de parlamentares sejam punidos com o mesmo rigor de quem rouba um pão.
Tomara que, nesse ano que está chegando, deixemos de tantas teorias e coloquemos o amor em prática.
Tomara que, nesse ano que está chegando, a preocupação de um futuro melhor seja a realidade do nosso presente.
Tomara que, nesse ano que está chegando, livros sejam mais fortes armas, e mais interessantes que o vício que entorpece.
Tomara que, nesse ano que está chegando, que o inconsciente coletivo que a todos harmoniza não seja exclusividade do dia 25 do último brumário.
Tomara.

Thursday, December 14, 2006

Rio

Monday, December 11, 2006

Talvez

Talvez seja apenas um dia
Talvez uma eternidade inteira
Talvez seja um mito
Talvez uma dádiva verdadeira
Talvez seja infinito
Talvez apenas passageira
Talvez seja demasiado tarde
Talvez haja a vida inteira
Talvez a história não se torne realidade.
Talvez ela apenas começou
Talvez não realize sonhos.
Talvez um deles ainda não terminou.
Talvez nunca possa dizer tudo
Talvez possa pra sempre repetir
Talvez essa descoberta não brote frutos
Talvez dos frutos, sementes vão surgir
Talvez nunca mais a veja
Talvez seja a apenas primeira vez que a vi
Talvez seja inconcebível
Talvez o não provável se conceba
Talvez seja uma utopia
Talvez um impossível aconteça
Talvez não mereça
Talvez tenha feito muito por merecer
Talvez esqueça
Talvez esqueça de esquecer
Talvez sejamos felizes
Talvez eu conheça a dor
Talvez seja apenas carnal
Talvez descobri o que é o amor

Domingo

O céu estava claro
Radiante como a manhã
Era mais um céu de anil
Numa ordinária vida de tantas manhãs
Os olhos embebedaram a alma
Fazendo do espaço uma revolução
Era descoberta de um sentimento escondido
Que os mais aguçados olhos não conseguiriam ver
Sentimento puro e imprevisível
Que nem em muitas vidas poderíamos entender

Quando os céus começaram a chorar
Foi nítido que era de emoção
Fez as palavras dizerem pouco
Fez do pouco, uma explicação
Era a chegada de uma estrela
ofuscando o próprio sol de verão
Uma estrela com luz própria
luz que cega a visão
Que dá olhos para inconsciência
E faz falar a voz do coração

Uma luz que clareia obscuros caminhos
que tem na luz da lua sua madrinha
um farol no escuro profundo
uma luz que até a mais sombria das almas irradia

Luz que faz o mundo sumir
aparecendo a visão de um novo universo
Que mostra a relação entre vida e morte
Como apenas um invisível paralelo
Luz sem entendimento
Que nos ensina a entender
Que a cada momento nessa passagem
temos muito mais a aprender

Aprendizado que nem o mais fabuloso dos mestres
Teria a maestria de ensinar
Contemplando em um simples segundo
A copulação entre terra, céu e mar
Gerações e gerações de alguma forma
Tentaram denominar
Esse momento indescritível
que a faz o tempo acabar
Mas o que pra sempre é infinito
Palavras não podem representar

O céu estava claro
Radiante como a manhã
Era mais um céu de anil
Numa ordinária vida de tantas manhãs
Quando os céus começaram a chorar
Foi nítido que era a despedida
De uma luz que brilhou caminhos
Para uma alma que se achava perdida.